Juiz suspeita de omissão de funcionários de conveniência em morte de PM e determina perícia em vídeo

Por REDAÇÃO em 06/06/2023 às 11:52:05

O juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que a Politec faça uma perícia no vídeo que registrou o momento em que o investigador da Polícia Civil Mario Wilson Vieira da Silva, matou a tiros o policial militar Thiago de Souza Ruiz.

O crime ocorreu no dia 27 de abril, dentro de uma conveniência em um posto de combustível em frente à Praça 8 de Abril, em Cuiabá.

A determinação consta na mesma decisão em que o magistrado recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou réu o investigador pelo crime de homicídio qualificado.

"Igualmente determino seja periciada os vídeos do local do crime e anexo neste processo eletrônico, a fim de averiguar se foi editado, seja no todo ou parcialmente, ou então, se não há nenhuma irregularidade constatada no vídeo, oportunidade qual, desde logo, solicito seja procedido com a degravação dos diálogos entre os interlocutores quais aparecem no vídeo, para tanto, assiná-lo o prazo de 45 ( Quarenta Cinco ) dias para realização da diligência determinada, qual haverá de ser realizada pela POLITEC", decidiu o juiz.

O magistrado ainda determinou a identificação dos policiais militares que atenderam a ocorrência para uma acareação com os funcionários do estabelecimento, que relataram a ocorrência, por suspeita de que os funcionários estejam omitindo relatos do fato ocorrido.

"Eis que, do vídeo, em todo momento observo que ficaram atrás do balcão ouvindo as manifestações de bebedeira até o momento da ausência de inteligência cujo culminou no fato delituoso ( Homicídio )", afirmou.

De acordo com a denúncia do MPE, o investigador e um amigo foram até a conveniência e lá encontraram uma terceira pessoa, que apresentou a vítima aos dois.

Segundo o MPE, o PM e o investigador se "estranharam" pela desconfiança sobre a condição de policial da vítima. "A conversa seguiu no sentido de um indagar ao outro informações acerca das atividades e formação policial de ambos, instante em que Thiago levantou a camisa para mostrar uma cicatriz de que era portador, momento em que Mário visualizou e se apossou do revólver que aquele trazia na cintura, afirmando que iria chamar a polícia para averiguar aquela arma", diz trecho da denúncia.

"Neste interim sacou da pistola que trazia consigo e apontou em direção a Thiago, após o que voltou sua pistola para a cintura e permaneceu com o revólver da vítima em mãos", acrescenta o documento.

Na sequência, conforme o MPE, a vítima tentou pegar de volta seu revólver, oportunidade em que os dois se atracaram e caíram no chão.

Durante a confusão, testemunhas tentaram separar os dois, mas a vítima acabou sendo atingida por vários disparos de arma de fogo efetuados pelo investigador.

Fonte: O documento

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