A bancada federal de Mato Grosso está se mobilizando em resposta ao veto do presidente Lula a um projeto que visava limitar as saídas de presos da cadeia, popularmente conhecidas como "saidinhas". O presidente sancionou a proposta aprovada pela Câmara e pelo Senado, porém, vetou uma parte do texto que permitia que os detentos pudessem visitar suas famílias em feriados e datas comemorativas, como o Natal.
Para o deputado federal Coronel Assis (União Brasil), o veto representa uma clara demonstração de como a esquerda, liderada por Lula, apoia os criminosos. Assis chamou de "protecionismo" da esquerda aos bandidos, criticando a continuidade das "saidinhas" que, segundo ele, muitas vezes resultam em novos crimes ou na não volta dos detentos às prisões.
O senador Jayme Campos, também do União Brasil, já havia manifestado sua posição contrária às "saidinhas" antes mesmo do veto parcial, afirmando que votaria pela derrubada de qualquer restrição ao projeto. Agora, com a decisão de Lula, Jayme espera uma articulação liderada pelo senador Efraim Filho, do mesmo partido, para definir a orientação da bancada.
A senadora Margareth Buzetti também havia previsto a possível derrubada do veto, dada a votação expressiva que o projeto teve tanto na Câmara quanto no Senado.
Por outro lado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, defendeu o direito de Lula de sancionar ou vetar a lei, destacando que o Senado optou por limitar as "saidinhas" em casos excepcionais, devido ao desvirtuamento do instituto ao longo do tempo.
O veto de Lula se restringiu apenas ao trecho que impedia a saída temporária para visitas familiares, mantendo a proibição para condenados por crimes hediondos e violentos. A parte vetada será reavaliada pelo Congresso, que poderá decidir pela derrubada do veto presidencial.